Designer de moda
"Especialista que trabalha com desenho industrial e artes gráficas dentro do universo da moda"
Fonte: Redação Brasil Profissões
O que é ser um designer de moda?
O designer de moda é o profissional que usa suas habilidades, imaginação e criação gráfica para a confecção de desenhos modelo nas mais diversas áreas, como roupas, acessórios, decoração, etc. Esses profissionais mantém suas experiências pessoais como referências que agregam valor as suas criações e interferências nos processos criativos ou produtivos, a partir da junção de conceitos, gostos, sensibilidade, tendências, conhecimentos, embasamentos científicos e muita técnica. Sua busca deve transpor os limites do mundo fashion, abrangendo pesquisas nas mais variadas áreas, de maneira globalizada.
Diferentemente de um estilista - profissional que lida com o mercado e com a marca a ser atribuída às peças confeccionadas - o designer de moda é o fornecedor de material para a composição de desfiles, de ambientes decorativos, etc.
Quais as características necessárias para ser um designer de moda?
•liderança
•criatividade
•ser pesquisador
•saber trabalhar em equipe
•ter habilidades manuais
•conhecimento da anatomia humana
•ser conhecedor da história da arte
•observar de comportamentos
Qual a formação necessária para ser um designer de moda?
Hoje as faculdades e escolas de ensino técnico propõem vários cursos de Moda e Design que podem ter duração de 2 a 4 anos. As disciplinas como história da arte, modelagem, corte e costura etc, podem contribuir e aprimorar muito as habilidades natas de cada designer. Após o término dos cursos superiores, existem os cursos de especialização, que distinguem as variações entre design de moda, gráfico, industrial, etc. É fundamental para um bom designer o conhecimento das metodologias de pesquisa, tecnologias e processos - principalmente de modelagem e costura - para que possa estar sempre aprimorando suas habilidades e percepções, voltadas para o desenvolvimento dentro do mercado atual. Não apenas do produto, mas com as interfaces do ambiente de trabalho, estruturas, métodos, materiais, decoração, embalagem, podendo interferir até na fase de projeção no mercado, mídia, marketing e publicidade.
Principais atividades
O designer de moda pode atuar em diversas atividades, como na própria confecção de novos modelos direcionados à desfiles ou venda, e também na produção terceirizada, ou seja, fabricação de roupagem para outras marcas e/ou empresas. O designer deve procurar os tecidos, fabricá-los, vendê-los ou reproduzi-los.
Numa ordem lógica dos procedimentos da confecção, o designer atribui:
•procura do tecido ou material
•desenho e criação de modelos
•corte e costura (no caso de roupas)
Áreas de atuação e especialidades
O designer pode atuar nas seguintes áreas:
•Ateliês de alta costura: participando de todo o processo de produção de uma peça de roupa e acessório, desde o corte até o acabamento final.
•Pesquisa
pesquisas de público alvo
pesquisas de mercado
pesquisas de tendências mundiais e locais
pesquisa de tecidos e estamparia
•Desenvolvimento e criação
desenvolvimento de produtos
desenvolvimento de estampas
desenvolvimento de etiquetas
desenvolvimento de embalagens
criação de novas marcas
criação de logotipos
•Fabricação
fabricação de roupas
fabricação de acessórios
•Produção
produção de desfiles
produção de catálogos
produção de banners
produção de "looks" para comerciais
produção de vitrines e lojas
Mercado de trabalho
Há grande crescimento de mercado para um profissional de design de moda, uma vez que a demanda por produtos relacionados ao mundo da moda cresceu progressivamente nos últimos anos. Atualmente, como o profissional não atua somente na produção de roupas, a procura para se ter um designer de moda é cada vez maior. Apesar da concorrência acentuada, um designer pode facilmente se destacar dos outros profissionais pela criatividade. O mercado tem procurado profissionais que tenham bastante prática, por isso estar sempre em contato com a profissão é muito importante.
Curiosidades
O assentamento de Çatalhüyük, na Anatólia, datada de 6700 anos a.C (porção asiática da Turquia e européia da Trácia), é a primeira comunidade que se tem registros sobre o modo como as mulheres exerciam maior influência do que os homens, no papel de "dona de casa". Esse povoamento dava grande importância à moda, de acordo com as jóias de cobre e chumbo, os tecidos coloridos, as fivelas de cintos e os tapetes ricamente adornados e manufaturados usados por eles. Além disso, os humanos se cobriam com peles de animais para se proteger do frio e, com o tempo, essa roupagem se tornou símbolo de poder e status. A evolução desses adornos deu origem ao que vemos nas civilizações do Egito, Grécia e Roma antigos, com roupas leves e soltas, adequadas ao ambiente e à temperatura. Os acessórios e jóias eram feitos de ouro, cobre ou chumbo, conseguidos nos leitos dos rios. Durante o período Bizantino de ocupação, a nobreza se distinguia por utilizar a cor roxa, que derivava de um pigmento especial e raro, que somente o alto poder tinha poder de aquisição. Os plebeus eram caracterizados pela cor azul, que era conseguido através do álcool exeplido na uréia humana. É durante a Idade Média que surgem produtos para clarear e colorir a pele das mulheres, o que hoje é conhecido como base para pele e batom. O século subseqüente caracterizou-se por uso de espartilhos nas mulheres, com a visão e obejtivo de atraente para os homens. Era muito comum, também, o uso da peruca branca, por parte da nobreza e do clero, e a peruca colorida, geralmente castanha, para os burgueses. As classes abastadas não utilizavam esses acessórios. O século XX começou com uma concepção de estilo completamente diferente, e, com o advento da Revolução Industiral inglesa no final do século XIX, as tendências e modelos passaram a ter grande influência internacional em todos os níveis, e a mudança de estilos passou a decorrer de década para década - não mais de século para século, ou período histórico. Introduziu-se uma maquiagem mais forte, roupas um pouco mais decotadas e menos proibitivas às mulheres. Nas décadas que sobrevieram, a moda continuou exercendo seu papel sobre a sociedade, mas, voltava-se também para o mercado de criação/exposição de marcas e tendências, não necessariamente adeptas pela população fora das passarelas. As roupas continuaram sendo utilizadas como forma de beleza e status mas, também, como maneira de identificação de personalidade e estilo pessoal.